sábado, 15 de outubro de 2011

Fluminense, Palmeiras e São Paulo

Em 1º de janeiro de 1502, uma expedição, fazendo o reconhecimento do litoral da Terra de Vera Cruz, e cruzando a barra da Baía Guanabara, julgou ser a foz de um caudaloso rio, que foi denominado de Rio de Janeiro. Rio, em Latim, é flumem e, daí, a origem da palavra – fluminense. Então, por causa dos rios, e principalmente por causa da Baía Guanabara também é conhecido como Fluminense o morador do entorno deste mar de águas. Então, tempos depois, buscando um símbolo de nobreza, ou pelo menos parecer nobre, as Palmeiras pareciam ser o objeto ideal. Principalmente as que podiam ser vistas à distância. Gigantes por sua natureza. Nessa época muitos escravos saíram do sudeste para além Maranhão buscar mudas de Palmeiras Raras. Eram tão caras, que ganhavam a liberdade, dado o valor das mesmas. Então, era comum que se plantassem Palmeiras altas, em torno de casas, ou em fileiras. Geralmente, Palmeiras centenárias. Mas, o tempo passa rápido. E lá se foram os cem anos das centenárias palmeiras. E agora, elas tornaram-se um risco para imóveis de grande valor histórico. E na verdade, se pudessem, tiravam aquelas palmeiras dali, que sempre insistem em tombar em cima das casas, ou em cima de carros importados. Nunca seguindo o curso da Rua. Agora, elas estão por todo o Brasil. Mas, nos últimos tempos parece que ouve uma febre de Palmeiras e por todo lado se vê. Na Avenida Brasil, nas Praias, em todo lugar. Ninguém mais quer um simples coqueiro. Quanto mais diferente for, melhor. Algumas até abusam, como as colocadas num Shopping da Zona Norte do Rio, que levam em torno de si um arco e um poste do lado, predizendo sua queda. O que não é verdade, pois em na escola Meira Lima, na Penha, tem da mesma espécie, e estão lá firmes e fortes com mais de 10 metros de altura e uma estrutura impossível de ser copiada em concreto para suportar tanto peso e movimento. Essa busca por palmeiras não deixa de ser um impacto ambiental. Elas não foram feitas para aparecerem sozinhas na paisagem. Talvez isso seja inspirado pelo Salmos 92:12, “O justo florescerá como a palmeira”. Mas, a cada dia parece mais difícil perceber a floração das Palmeiras. Por exemplo, o Apóstolo São Paulo (com o pronome de tratamento para quem preferir), em sua terceira viagem missionária, chegou em Éfeso. Uma cidade conhecida por seu Paganismo. Era uma cidade onde praticamente todos adoravam a Diana, conhecida com Nossa Senhora do Povo. O Livro Bíblico de Efésios descreve com detalhes como o Ap. Paulo foi expulso de lá, pois, a pregação do Evangelho estava diminuindo o comércio de Ídolos. Então, não temos muitas imagens em madeira dessa época, pois, a madeira era mais utilizada como base para serem cobertas por metais. Quase nada feito em madeira sobreviveu. Coitada das Palmeiras, que mesmo parecendo torneadas, também não são árvores que vivem por milênios. Mas, se vivem tão pouco, porque estão sendo tão plantadas ?

Bem, hoje em dia quem não gosta de uma açaí ? E uma água gelada de Coco ? E umas sementes ? Todas são palmeiras. E, agora, já se pensa no perigo que isso representa para a Amazônia, já que são solo e clima excelentes para o cultivo dessas.
Mas, você deve estar sentindo falta do meu comentário sobre Futebol. Mas, isso é a beleza da mente. Somos sempre pré-orientados para buscar o que nos agrada. Ou você iria mesmo ler um texto que fala da Bíblia e ecologia ?

Por Neemias Cruz

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