“GENTILEZA PODE GERAR QUALQUER COISA”

Como Cristão, acredito que Cristo é a minha fonte de inspiração e autor de minha fé. Mas, eu fiquei muito confuso, quando alguém que eu vi andando e pichando os pilares da Perimetral, no Rio de Janeiro, se tornar um ícone da paz, e inclusive consagrado com sua célebre mensagem “Gentileza Gera Gentileza”. Ele próprio, o José Datrino, o profeta, se dizia "amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento”. Mas, enquanto a mensagem se espalhava pelo mundo civilizado, uma Escola de Samba transformou essa filosofia em Tema. E para finalizar, o próprio governo adotou o Marketing da Fé, e colocou em impressos, camisas, etc. Tudo relacionado à Paz. Isso novamente me fez entrar em estado de “pensamento profundo”, tentando entender como essa mecânica funcionaria. Mas, não satisfeito em propagar a Paz, o governo resolveu agir. Cadastrou pessoas incapazes de se sustentarem, emitiu cartões de crédito de apoio, moedas solidárias, e um mundo de ações sociais. Pois, assim, sua parte foi feita. O Governo tornou-se gentil. Tudo em nome da Paz. Então, conforme profetizado, a gentileza retornaria em forma de gentileza. Mas, esses dias a gentileza retornou em forma de violência. Pessoas que nasceram nas mesma cidade, atiravam umas nas outras. A Gentileza retornou em forma de saturação da tolerância. - Chega de ser Gentil. Vamos colocar os homens de uniforme na Rua. Os mesmos homens que o próprio Governo chamou de intolerantes e torturadores. Agora, revendo minhas idéias, retornei ao Cristianismo original. Continuo achando que não existe uma mensagem de paz maior que Cristo deixou. E, realmente, a mensagem do profeta, de São Paulo, bate de frente com a mensagem de Cristo Jesus:

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus (Mateus 5:9).

- Os Bem-aventurados são os pacificadores; nãos os pacíficos, e conseqüentemente, não os Gentis. Então, essa semana, com esses acontecimentos no Rio de Janeiro, posso concluir que “Gentileza gera VIolência”. Precisamos repensar o papel de cada um na sociedade, e transforma a função de Polícia em protetora da Educação; não protetora do patrimônio. Pois, não existe bem maior que a Educação. Criar homens pacificadores. Chega de pacíficos e gentis. Pois, agora sabemos o resultado disso.

Neemias Cruz

A BOA VONTADE DOS PROJETOS AMBIENTAIS CASEIROS

É muito comum o uso da palavra “projeto” para definir diversas atividades. Então, faz-se projeto para isso, projeto para aquilo, etc. Tem até igreja que se chama de projeto. Mas, pensando bem o modelo de administração, numa visão mais ampla, o projeto é o segundo passo de um processo complexo e bem elaborado de uma atividade qualquer. Primeiro deve-se pensar uma Análise de processo, depois um Projeto, depois uma Codificação, uma depuração e finalmente uma manutenção. Isso torna o processo bem confiável e também pensa muitas probabilidades visando a melhor performance possível da atividade.

Mas, algumas pessoas dispensam todas as complexas etapas administrativas e vão direto para a prática. E o resultado, quando se trata em pensar sustentabilidade pode ser catastrófico. Olha essa imagem que encontrei no Google 3D, na Rua Filomena Nunes, em Olaria – RJ. Observe as tampas de garrafa pet pregadas na árvore, em desenhos de flores. Curioso, perguntei à senhora que estava pregando, e ela disse que estava reciclando as tampinhas das campeãs impactantes atuais do meio ambiente.
Acontece, que a primeira falha nessa atividade ecológica é que isso não é reciclagem; é reuso. Para ser reciclado, um material deve retornar ao processo produtivo, passando por etapas distintas, que vão desde o controle de venda, até estatísticas de retorno; A segunda grande falha é que árvores não devem ser utilizadas para fixação de enfeites, muito menos com pregos, que ferem o tronco e permitem que micro organismos acessem a parte interna da planta, diminuindo o tempo de vida da mesma. Um outro grande problema é o concreto colocado bem próximo ao tronco. Isso irá provocar uma falta de umidade e oxigênio nas raízes, que naturalmente quebrarão o concreto, tentando encontrar água e oxigênio; essa quebra irá provocar pontas no concreto que ferem pessoas e animais que passam, além de dificultar a passagem.

A Boa Vontade de muitas pessoas em atuarem em atividades caseiras sobre meio ambiente acabam causando grandes problemas ambientais. Mas, o maior problema mesmo é gerar modelos de atividades ecológicas, que rapidamente se espalham. E, basta continuar na própria rua, que será possível ver várias arvores com as tampinhas pregadas, que com o tempo os pregos enferrujam, deixam o pedaço dentro da árvore e finalmente numa simples chuva, vai parar dentro dos bueiros, contribuindo para o entupimento, ou chegando à Baia da Guanabara.

É mais fácil matar que educar !

Há algum tempo atrás a Empresa de Trens do Rio de Janeiro aumentou a passagem. Então, a prefeitura, entrou contra esse aumento. E após várias guerras judiciais, a empresa teve que retornar o valor. Mas, o que há de diferente nisso foram os outdoors colocados, dizendo: “Você pediu, e nós abaixamos as passagens...”.

Então, o Marketing, às vezes, é tudo. E se eu começasse uma campanha para matar crianças com o argumento que a violência iria acabar. E se eu ainda dissesse que se as mulheres pobres fossem impedidas de ter filhos, por um artifício permanente, e isso ainda fosse feito pelo serviço público ? Você contrataria uma empregada que não tivesse que levar o filho no médico no horário de serviço e não tivesse que pagar benefícios, etc. E as escolas públicas teriam menos custos, pois teriam menos alunos. E outras inúmeras vantagens.

Na verdade, se eu lhe der oportunidade de pensar, fatalmente será levado em conta seu emocional, e também sua razão.

Mas, se eu começar uma campanha dizendo que a mulher tem direito de ter ou não um filho, e que se ela optar por não ter, ela deve ter um serviço médico gratuito, pois a mulher não pode continuar escrava da sociedade e tem tanto direitos quanto o homem. E que ninguém pode impedir o avanço social que a mulher conquistou. E ao mesmo tempo se eu lhe dissesse que a pesquisa de células troncos vai fazer andar o paralítico, dar vista aos cegos, e falar o mudo e prolongar a vida de todos ? Qual seria sua escolha ?

Mas, se na prática eu pagar para mulheres engravidar e provocar abortos legalizados e utilizar esse feto para pesquisas ? Tudo legal. E se as mulheres pobres não tiverem mais filhos para que ela gaste seu dinheiro em produtos supérfluos, já que não tem filhos. E se a violência diminuir, sem custo algum em educação ? Pois se não tem criança cometendo crimes, e somente os filhos de quem tem dinheiro estão na escola mesmo, e todo comercio ganhar dinheiro com a volta do consumo noturno ?

Então seria o aborto uma questão de Marketing ou saúde pública como anuncia o governo ? Qual o interesse do governo em diminuir a população ? Que sistematicamente vem caindo desde 1945. A cada dia nascem menos pessoas. E os recursos que deveriam ser utilizados para cuidar dos nascidos, agora, irão para matar os que não nasceram. E valor que sobrar ? Vai ser utilizado em quê ?

Talvez seja melhor educar que matar. Pois, educar tem retorno; matar tem obrigação. Seja feliz com suas próprias idéias, e procure sempre pensar nas conseqüências dos seus atos. Lembre-se: A todo direito, cabe uma obrigação.

por Neemias Cruz da Silva – março/2009

A Concomitância dos 3R

Sem dúvida, qualquer pessoa que queira ter contato com a Ecologia, precisará conhecer os 3Rs. Significam: Reduzir, Reaproveitar e Reciclar. Algumas literaturas chamam de 4Rs, acrescentando primeiro o Repensar. Isso é muito ensinado em escolas, cursos práticos de ecologia, etc. Mas, o que é muito comum, é se esquecer de que esses Rs precisam estar relacionados e acontecerem ao mesmo tempo, numa linha de ação. Em outras palavras, precisam ser concomitantes.

Então, aparece a primeira pergunta. – Como alguma coisa poderia ser reduzida, reutilizada e reciclada ao mesmo tempo ? – Esse é o grande segredo do sucesso de um projeto ecológico. Eles não acontecem temporalmente no mesmo instante. Mas, são pensados para seguirem essa seqüência.

Os exemplos se estendem aos milhares. Vou citar dois exemplos negativos, e dois positivos. Quando se faz um curso prático para a sociedade se utiliza muito a garrafa PET. É comum as pessoas ensinarem a fazer bancos, brinquedos, etc. E para piorar, chamam esses projetos de Reciclagem de Material descartável. Isso não é correto, pois não é uma reciclagem. É uma reutilização. Mas, aí que acontece o problema. Não é feito um trabalho de redução, e pelo contrário, é incentivada uma procura de boas garrafas. Então, nada se fala, quando esses equipamentos são descartados, pois foram cortados e não cabem mais na coleta comum para reciclar. Assim, os 3Rs não acontecem. Outro exemplo muito negativo é colocar as tampinhas nas árvores em forma de flores. Isso é no mínimo um grande problema. Com o tempo as tampas caem na rua, são levadas para os bueiros, e causam um grande impacto ambiental. Praticamente um desastre ambiental. Mas, as pessoas que enfeitam as árvores, o fazem como se prestassem um favor à natureza, tirando do lixo as tampas. O contato desses materiais e dessas cenas para crianças é mais ainda prejudicial, pois ensinam as crianças conviverem com esse material.

Mas, alguns exemplos merecem ser elogiados: São as pequenas hortas de temperos que são alimentadas por compostagem caseira. Ensinam o processo de trocas de nutrientes e caminho do carbono e da água. E outro muito bom é a transformação de óleo de cozinha usado em sabão. Que além de evitar o entupimento dos ralos, evita o ataque à decomposição natural dos elementos nos esgotos.

Para pensarmos nos 3R, na verdade, precisamos entender um pouco de sustentabilidade, onde o caminho de qualquer produto deve terminar na natureza de forma a retornar aos meios de produção, ou à natureza de forma normal.

Espero agora, que quem desenvolva projetos comportamentais, pensem na concomitância dos 3R. Esses projetos, os comportamentais, são muito bem visto, e de ação. Mas, precisam atender essas regras simples e de relação permanente.

Trilhas nos Parques do Rio de Janeiro

Começou o projeto de Trilhas nos Parques do Rio de Janeiro. Todos os primeiros e terceiros sábados do mês. Esse primeiro sábado de março chegamos ao topo. O Tópico dessa trilha foi Evolucionismo e Criacionismo. Estamos no Tema Natureza, estudando seus conceitos e a Biodiversidade. Espero vocês lá, no próximo. Fique atento para saber dos locais e horários.

Não perder o Foco