domingo, 31 de outubro de 2010

A BOA VONTADE DOS PROJETOS AMBIENTAIS CASEIROS

É muito comum o uso da palavra “projeto” para definir diversas atividades. Então, faz-se projeto para isso, projeto para aquilo, etc. Tem até igreja que se chama de projeto. Mas, pensando bem o modelo de administração, numa visão mais ampla, o projeto é o segundo passo de um processo complexo e bem elaborado de uma atividade qualquer. Primeiro deve-se pensar uma Análise de processo, depois um Projeto, depois uma Codificação, uma depuração e finalmente uma manutenção. Isso torna o processo bem confiável e também pensa muitas probabilidades visando a melhor performance possível da atividade.



Mas, algumas pessoas dispensam todas as complexas etapas administrativas e vão direto para a prática. E o resultado, quando se trata em pensar sustentabilidade pode ser catastrófico. Olha essa imagem que encontrei no Google 3D, na Rua Filomena Nunes, em Olaria – RJ. Observe as tampas de garrafa pet pregadas na árvore, em desenhos de flores. Curioso, perguntei à senhora que estava pregando, e ela disse que estava reciclando as tampinhas das campeãs impactantes atuais do meio ambiente.
Acontece, que a primeira falha nessa atividade ecológica é que isso não é reciclagem; é reuso. Para ser reciclado, um material deve retornar ao processo produtivo, passando por etapas distintas, que vão desde o controle de venda, até estatísticas de retorno; A segunda grande falha é que árvores não devem ser utilizadas para fixação de enfeites, muito menos com pregos, que ferem o tronco e permitem que micro organismos acessem a parte interna da planta, diminuindo o tempo de vida da mesma. Um outro grande problema é o concreto colocado bem próximo ao tronco. Isso irá provocar uma falta de umidade e oxigênio nas raízes, que naturalmente quebrarão o concreto, tentando encontrar água e oxigênio; essa quebra irá provocar pontas no concreto que ferem pessoas e animais que passam, além de dificultar a passagem.

A Boa Vontade de muitas pessoas em atuarem em atividades caseiras sobre meio ambiente acabam causando grandes problemas ambientais. Mas, o maior problema mesmo é gerar modelos de atividades ecológicas, que rapidamente se espalham. E, basta continuar na própria rua, que será possível ver várias arvores com as tampinhas pregadas, que com o tempo os pregos enferrujam, deixam o pedaço dentro da árvore e finalmente numa simples chuva, vai parar dentro dos bueiros, contribuindo para o entupimento, ou chegando à Baia da Guanabara.